7 de nov. de 2011

Crime e castigo

Dizem que o castigo foi feito para melhorar quem castiga. Nunca uma frase ou conceito, neste caso de Nietzsche, pareceram tão puramente filosóficos e quase sem praticidade como no do garoto Renan.
Dois anos de idade, o menino foi arrancado dos braços da mãe para viver uma noite de autêntico terror e tortura nas mãos do pai, antes de ser assassinado a pancadas e abandonado numa viela qualquer.
O assassino frio, covarde, calculista, cujo nome nem vou citar por achar que o diabo não merece ter nome, ainda tentou enganar a polícia dizendo que havia sido sequestrado.
Depois confessou o ato bárbaro e, à altura da sua ausência de remorso e caráter, arrancou lágrimas de horror e revolta dos policiais que ouviam seu relato macabro.
Seu pai, avô da criança, que a princípio havia acreditado na história do sequestro, deixou o lugar com a alma sangrando num corpo que caminha por puro reflexo.
O que motiva um ser desclassificado como este, que nem cabe na cadeia biológica, não pode ser chamado de humano, nem de animal, pois animal não faz isso, realmente não sei. Sei que quando penso que já vi de tudo em termos de maldade, sou surpreendido por um gesto inominável como este.
Estou cheio de ser um pregador de penas pesadas para bandidos assim. Nosso Código Penal é arcaico, e nossos legisladores cada vez mais brandos com estes monstros de todas as idades. Políticos que protegem mais o crime e que fogem do castigo do criminoso.
Sem esquecer a progressão de pena. Estas malditas saídas temporárias, que colocam todo ano uma legião de predadores sedentos de sangue e vingança nas ruas. Basta com o crime violento e penas leves. Chegou a hora do castigo. Castigo pesado, como deve ser a mão de Deus e as leis dos homens.
Afinal, o que não nos mata, nos fortalece. É a lei da sobrevivência nesta guerra urbana do dia a dia.

Fonte: Brasil Urgente com José Luis Datena

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